Porto Velho é mais uma capital da
Região Norte do país que pude conhecer a trabalho. O estado de Rondônia deixou
de ser território a pouco mais de vinte anos e é importante lembrar que na
época da ditadura militar, sua região foi desmembrada do estado do Mato Grosso
com a simples ideia de aumento de influência ditatorial sobre a região: nada
além disso.
Passaram-se os anos, Rondônia deixa
de ser Território e passa ao “status” de estado, mas mesmo com o fim da
Ditadura Militar, a influência do exército é muito evidente em toda capital: da
Brigada do Exército que fica no centro da cidade, com a presença de vilas totalmente
militares e prédios públicos que possuem homenagens ao último presidente
Militar Gen. Figueiredo.
Em Porto Velho capital do estado
de Rondônia, acredito ser a terceira maior da região perdendo apenas para
Manaus/ AM e Belém/ PA, fica muito evidente a ausência do poder público no dia
a dia das pessoas: basta um andada pela cidade ou uma conversa com um taxista
para escutar um monte de reclamações, o que não foi muito diferente de Macapá/
AP (apesar da idolatria a Sarney).
Porto Velho fica situada às
margens do Rio Madeira (que é um dos Rios que desaguam no Rio Amazonas) com seu
imenso volume de água e onde tem-se a famosa Hidroelétrica de Santo Antônio,
que deveria gerar Energia Elétrica para grande parte da Região Norte do país,
mas que ainda não está com suas linhas de transmissões prontas apesar de algumas
turbinas já funcionando.
As margens do Rio Madeira vale a pena visitar o Mercado Municipal e principalmente a antiga estação Madeira-Mamoré. O local por muito tempo foi uma das principais linhas férreas do país (15° Inaugura no Brasil) construída entre 1907 e 1912, sendo a primeira obra de engenharia AMERICANA inaugurada fora do EUA (o Canal do Panamá ainda encontrava-se em construção).
Importante lembrar aqui que a construção da EFMM, foi de suma importância para incorporação do estado do Acre ao país, visto que a mesma deveria ser utilizada para escoamento da produção de borracha do Brasil e da Bolívia. A EFMM possui 366km, e deve ser restaurada em breve (diz a lenda na região) como contrapartida as obras da Usina de Santo Antônio.
Vale a pena visitar ainda o
Mercado Cultura, onde acontecem eventos típicos regionais que também é próximo
do Rio Madeira.
Ao sair da margem do rio vá até a área mais alta da cidade onde encontrará a Praça das Três Marias, que são as três Caixas D´Agua que abasteceram toda a cidade por muito tempo, é um dos locais mais bonitos e limpos do “centro histórico” da capital; aproveite para visitar o Palácio Getúlio Vargas, a Igreja Matriz e o prédio da Universidade Federal de Rondônia.
Não deixe de comer o Tucunaré feito na folha de Bananeira e muito menos de visitar o marco histórico de Divisa do Estado do Mato Grosso com o Estado do Amazonas (Rondônia pertencia a Mato Grosso), que fica de frente as Turbinas da Hidroelétrica de Santo Antônio e em área arqueológica e reserva indígena (não vi nenhum índio, nem Ocas no local), sob cuidados do Estado Brasileiro. Ali ainda se encontra a primeira Igreja da futura capital do estado, que apesar de antiga tem um belo ar-condicionado!
Porto Velho é quente, mas não
chegou a me causar incômodos como em Macapá, e assim como na capital do Amapá,
é uma pena as pessoas não poderem conhecer com tanta facilidade devido a falta
de integração nacional que existe em nosso país e principalmente ao alto custo
das passagens aéreas.
Gosta de História?
Porto Velho é parada Obrigatória!
Porto Velho é parada Obrigatória!
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