terça-feira, 30 de novembro de 2010

FUSAM - Omissão e Irresponsabilidade

No dia de hoje 30 de Novembro de 2010, minha família foi atingida por nova perda. Uma perda, que assim como tantas que passamos, é esperada pelo próprio ser humano formado de material organica, que como podemos ler em diversas despedidas: "Do pó, para o pó".


Todavia a dignidade, o respeito, o carater e acima de tudo a sobriedade da existencia e da vida de cada ser humano deve ser respeitada, seja esta oriunda de pessoas negras, pobre, deficientes, brancas, ricas ou não.


O que acabamos de passar é o maior exemplo da irresponsabilidade das pessoas que comandam a saúde na minha cidade e da FUSAM - Fundação Municipal de Saúde, que administra o Hospital Nossa Senhora da Ajuda e Pronto Socorro Municipal de Caçapava.


Na madrugada de quinta-feira (25/11) meu tio, que já havia infartado por outras três vezes e tido um derrame, deu entrada no Pronto Socorro Municipal com dores no peito e suspeita de Infarto: é colocado numa cadeira a espera de ser atendido.
Ai se inicia o "calvário", visto que exista protocolo para classificação de risco (pelo menos era o que aparentava), visto que até funcionário da própria FUSAM passava na frente para ver radiografias.


No outro dia, sexta-feira (26/11) meu tio continuava no mesmo lugar até pelo menos 14h, sem que nós - a família, tivessemos a confirmação se era um infarto ou não; minha irmã entra o visita, é colocada pra fora do local por uma enfermeira mal educada, meu outro tio tenta conseguir informações e ninguem passa.


Logo após ficamos sabendo que meu tio internado estava tendo outro infarto e parada cardio-respiratória, sendo entubado dentro do próprio Pronto Socorro. Apenas no SABADO (27/11) as 11h00 é encaminhado para a UTI, já sedado e bastante comprometido.


OBs.: Uma "pseudo-enfermeira" diz para nossa família que a CULPA do segundo infarto é do próprio PACIENTE, pois estava muito agitado; PERGUNTA: CADE A ASSISTENCIA E A MEDICAÇÃO? Culpar o paciente por um infarto num Pronto Socorro de assitencia medíocre é no mínimo absurdo!


Bem no domingo, vou a UTI e sei pela médica que o caso é muito grave devido a área do infarto, e que a chance de evoluir mal é muito maior do que a melhora, todavia meu tio havia melhorado muito da sábado para o domingo.


No Domingo vou para a UTI receber o Boletim médico com meu pai e mais uma surpresa: Não existia na ficha de evolução média o historico cardiaco do meu tio, ou seja, a anaminese que deveria ter sido feita no momento da internação NÃO HAVIA SIDO FEITA!


Resumindo, paciente entra com quadro de infarto, espera sentado por atendimento, é colocado em uma fila de espera em que até dedo quebrado passa na frente, tem um segundo infarto com parada, equipe se recusa a dar informação, psuedo-enfermeira diz que a CULPA é do infartado, paciente sobe para a UTI, médicos da UTI não tem anaminese com histórico cardiaco do paciente.


Bem na terça-feira as 4h30 da manhã uma pseudo-administrativa, liga na minha casa e pede o comparecimento do meu pai na FUSAM: estava evidenciado o óbito;


Bem se fosse "simplesmente" pelo óbito, ok! mas o absurdo ainda estava por vir: meu tio foi a ÓBITO as 9 da noite de segunda-feira, mas que haviam ESQUECIDO DE AVISAR A FAMILIA!
Ao Chegar a FUSAM ocorreu a seguinte conversa entre a família e uma representate da FUSAM:
- Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): Vocês o visitaram ontem?
- Família: Sim estivemos ontem até as 20h15;
-Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): Pois é, vocês viram que o caso era Gravíssimo.
- Família: Sim, sabíamos que era;
- Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): Ele foi a Óbito
- Família: A que horas ocorreu?
- Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): As 21h00.
- Família: Como? Se a família somente foi avisada agora?
- Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): Infelizmente houve um desencontro; pensávamos que havia sido avisado, mas somente agora vimos que não.
- Família: Como fica o lado emocional da família.
- Zélia G.G. Gonçalves (FUSAM): Sinto muito senhor. Quer ver ele? Está no necrotério.
- Família: "Silêncio"

Neste momento a "representante" da FUSAM entregou ao meu pai um comunicado de falecimento para que entregassemos para a funerária, e ainda disse as seguinte palavras:

"O que posso dizer é meus pesames!"

Virou as costas e entrou dentro do hospital, ou seja, ainda atenderam a família na RECEPÇÃO do Hospital.

Como familiar diria: ABSURDO, DESCASO e DESRESPEITO;


Como Profissional Hospitalar diria: OMISSÃO, HOMICÍDIO E IRRESPONSABILIDADE!


Uma coisa não podemos negar: a FUSAM através de seus responsáveis jurídicos e estes maus funcionários que nos atenderam, realmente primam por um princípio SUS: Equidade; afinal tratam mal e matam as pessoas independente de quem seja, desde que, não seja funcionário da própria FUSAM.


Não queremos nada nem de ninguem: Mas a justiça a de pedir a demissão de todas funcionários que tiveram relacionados com o fato: da pseu-enfermeira a pseu-administradora.


As unicas pessoas que excluo desta estupidez assassina são os dois médicos de plantão na UTI no domingo e segunda de manhã.


A morte é certa em todo ser humano, mas as que ocorrem de forma normal e não tem a influencia de pessoas, e muito menos de órgão publicos que são pagos para salvar VIDAS, como a FUSAM e a Secretaria de Saúde do Município de Caçapava.
Se dizem por ai que Caçapava TEM remédio, temos duas opções: ta vencido ou acabou!