sábado, 7 de fevereiro de 2015

Visita à Trabalho: Macapá/ AP


No último mês de Janeiro pude conhecer mais uma capital do nosso imenso Brasil: Macapá, a longínqua capital do Estado do Amapá.
Macapá é uma das menores capitais do país, e já ao sair do avião um imprevisto: a imensa dificuldade de respirar. A cidade fica nas margens do Rio Amazonas, com um calor que girava em torno de 32 graus, todavia com muita umidade. Parece que o ar esta pesado difícil de entrar nos pulmões; diferente de São Paulo, chuva na cidade não é problema, ao menos uma vez ao dia "baldes" de água são despejados por São Pedro.
Bem estrutura da cidade por outro lado é bem estranha, lembra o litoral norte no final dos anos 80 e início dos 90: ruas planas asfalto irregular (quanto tem) muita areia nas sarjetas e diversas casas construídas com tabuas: do muro as paredes.
As ruas são arborizadas com mangueiras, população simples e muitos vindos do Nordeste (principalmente Bahia).
Local de comida incrivelmente barata, baseada nos costumes indígena (Tacaca, Tucupi, cajá, etc.) e muito peixe (chamam de filhote qualquer tipo de peixe) e carne de Búfala (se pensa em comer carne bovina, chamada lá de carne branca, esqueça).
É uma capital que infelizmente parece esquecida do resto do país, e que até por isso, o ex-presidente e senador José Sarney é idolatrado por lá (só nome de bares contei três): quando Senador, Sarney tornou a capital do Amapá local de Zona Franca Comercial, ou seja sem possuir NENHUMA INDUSTRIA, tudo que é vendido na cidade vem através das fronteiras (principalmente das Guianas Francesas) não pagando impostos (nem de importação), o que favoreceu o aparecimento e comércio de lojas de perfume de grife e eletrônicos, que disputam espaço com os pescadores de camarão, que por sua vez foram reduzidos a um quarteirão próximo a Orla.

A cidade possui pontos turísticos maravilhosos como o Forte de São José de Macapá, o Trapiche Eliezer e o Marco Zero (local onde passa a Linha do Equador) e a Orla do Rio Amazonas (calcula-se em mais de 100Km de largura entre margens) pontos turísticos inusitados como o Campeonato de Futebol na Lama (que ocorre praticamente todos os dias entre as 13h00 e 17h00 na baixa do Rio Amazonas) e o turismo gastronômicos: Praça do Coco (onde antes se vendia somente agua de coco, e point de encontro familiar da cidade), turismo religioso: Igreja Matriz e escultura de São José de Macapá que fica a cerca de 200 metros da orla; os restaurantes da Orla de Macapá, e as Barracas (mais de 50 com certeza) de porções de batata, Macaxeira e Banana da Terra também localizadas na Orla, e o turismo político Macapá é a capital do estado de Macapá então bem no centro da cidade tem a sede do governo, prefeitura e a casa do governador bem no centro da cidade; A avenida principal da cidade, não poderia ser diferente, recebe o nome de Marechal Rondom.
O ruim da visita é que Macapá é uma das cidades mais violentas do país (vi apenas 1 policial em 3 dias que estive na cidade), as leis de transito não existem na cidade: a todo momento carros param em 45 graus sobre a calçada, não possui acessibilidade e proporcionalmente ao numero de habitantes é uma das cidades com mais motos do país (cerca de 25 mil motos); turisticamente cidade é pouco explorada e não parece receber investimento para tal; e infelizmente as passagens são caras (se deixar para comprar apenas com uma semana  de  antecedência, facilmente irá para algo em torno de R$ 5.000,00).
É pouco provável que volte a cidade, devido principalmente ao custo do transporte aéreo, mas com certeza vale a pena a viagem: estar na margem do Rio Amazonas, quase no ponto extremo (o Oiapoque fica a 80 km da capital) do país e ver a cidade, seus pontos turísticos e uma população simples e educada valem a penas mesmo com os problemas que citei acima.
IMPORTANTE: Cuidado com as lembrancinhas no Centro de Cultura local os presentes são muito baratos e bonitos, mas o "picareta" que embala as lembrancinhas te cobra R$ 6,00 por cada sacolinha plástica e simplesmente não te fala nada (se comprar 10 lembrancinhas não chega no valor da sacolinha..rs).
Fica a dica!